O método é simples: cada vez que um determinado número aparecer a piscar no ecrã, o espectador pode sentir o cheiro a ele associado se esfregar num cartão o espaço reservado àquele algarismo. O cartão encerra várias fragrâncias através de um sistema de microencapsulação e é fornecido com o bilhete. A par dos óculos 3D, este acessório é essencial para uma experiência (dita) 4D.
Ainda sem a envolvência de certos sistemas mais futuristas dos EUA - onde cheiros, frio ou calor ‘trespassam' fisicamente as salas -, o novo filme de Robert Rodriguez inova nesta ‘oferta'. Mas, verdade seja dita, os odores confundem-se no cartão e não seriam facilmente identificáveis caso não estivéssemos a ver no ecrã que se referem a gomas, queijo ou... maus cheiros corporais indizíveis. Também a tridimensionalidade do filme, quarto da saga, não traz vantagens além de uma ligeira profundidade e recorte dos personagens.
Ainda assim, a miudagem irá gostar desta missão de ‘Spy Kids'. É que além de uma espia--mãe-galinha (Jessica Alba), de um vilão que quer parar o tempo (Jeremy Pirven) e de uns putos muito ‘cool' (Rowan Blanchard e Mason Cook), os miúdos podem ir-se entretendo a esfregar o cartão e... cheirar. Mesmo que, no escuro, à procura do número certo, possam perder algum detalhe da história. Nada grave...

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