"Entendo que é necessário abrir um novo ciclo político no PS. Pedi já ao presidente do PS para convocar a comissão nacional do PS de modo a tão depressa quanto possível convocar um congresso extraordinário" para escolher o próximo secretário-geral, disse José Sócrates nas primeiras declarações, a partir do Hotel Altis, em Lisboa, depois das sondagens televisivas terem antecipado uma vitória do PSD nas eleições. O PS não foi além dos 30%, tendo registado a pior votação desde 1987, com Vítor Constâncio.
Sócrates declarou assumir para si "esta derrota eleitoral por inteiro", adiantou não pretender "ocupar nenhum cargo político nos tempos mais próximos" para "não condicionar de nenhuma forma o que será a próxima liderança do PS". "A decisão da demissão é a melhor para o PS e para o meu País", concluiu o antigo primeiro-ministro.
Numa declaração com 24 minutos, Sócrates disse não levar consigo "ressentimentos nem amarguras" e confessou desconhecer "o que mais poderíamos ter feito para ganhar estas eleições", reconhecendo contudo que "todas as lideranças políticas cometem erros e eu cometi decerto alguns, mas não o erro de não decidir e de não agir".
Estão aqui alguns dos pontos mais importantes do discurso do Sócrates.
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