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SBSR: Despedida ao som do rock convence audiência


Havia toda uma banda à sua volta, mas a estrela da noite foi Slash, o ex-Guns N’Roses foi quem conseguiu arrancar mais aplausos e estabelecer mais empatia com o público, na última noite do festival.
Apesar das queixas, dos acessos, do pó, da falta de espaço, quem gosta de música, dos fãs do indie, passando pelos do rock, ninguém deixou de marcar presença nesta 17ªedição do SBSR.

A abrir a tarde, começaram os portugueses X-wife, para quem, nas palavras dos próprios, ter o prazer de abrir o palco deste festival é sempre um motivo de orgulho.

A seguir aos portugueses, e mesmo sem os The Killers, Brandon Flowers entra em palco disposto a dar tudo. À sua voz, o público encaminha-se para o palco principal.

Apresentou o seu álbum a solo e a julgar pela atitude da audiência não desiludiu. Conversou com os portugueses, quase que lhes contou histórias e não deixou de lhes dar um ‘cheirinho’ a The Killers quando terminou com Mr.Brightside, a fechar uma tarde que, para última do festival, se queria alegre e dançante.

Enquanto Brandon animava as hostes no palco principal, na tenda electrónica Kaesar e Henriq tentavam fazer o mesmo, e conseguiram. Começaram a tocar ao final da tarde para uma tenda meio vazia e terminaram já a lua estava alta no céu, com um público a corresponder bem aos decibéis que iam debitando.

Os Elbow, que não se apresentavam em Portugal há dez anos, surgiram ao público do SBSR simpáticos e humildes. Guy Garvey foi experimentando a multidão e interagindo com quem parece não lhes conhecer muito bem a música, valeu a astúcia de ‘trovador’ para puxar pelo público.

Desce o pano da caveira e pouco tempo depois o pirata dos Guns N’Roses entra em palco. A imagem é a mesma de sempre, icónica. Cartola negra de onde espreita uma carapinha desgovernada, óculos escuros que despertam a curiosidade de quem nunca viu aqueles olhos e mãos abençoadas que dedilham uma guitarra que não deixa ninguém indiferente, há décadas.

Nem os problemas nos ecrãs conseguiram abafar o coro da multidão quando Slash tocou, enquanto Myles Kennedy cantava, Sweet Child of Mine. O público cantou o clássico tão em uníssono quanto o faria um pouco mais tarde em Paradise City.

The Strokes cantaram para uma plateia linda e unida. De braços no ar os portugueses corresponderam à banda nova-iorquina.

Tal como em Arcade Fire, concerto do dia anterior, não deixaram de acontecer falhas de som, o que é de lamentar num evento desta projecção. No entanto, tal pareceu não incomodar a audiência que continuou tão entusiasmada como se nada fosse.

Ninguém poderá dizer que não foi um encerramento em grande.
fonte:sol

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